segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Declamção de poesia na Trienal de Luanda

Poetas do Movimento Lev'Arte ganharam um novo espaço para divulgação da poesia

Fotografia: Paulino Damião

A nova geração de poetas angolanos, pertencentes ao Movimento Lev’Arte, tem um novo espaço para a divulgação das suas criações literárias ao participarem no programa “Chuva de Poesia”, aberto na quarta-feira, no Cine Teatro Nacional, em Luanda.

Kardo Bestilo, do Lev’Arte, disse que o programa faz parte da II Trienal de Luanda, e tem periodicidade semanal.

O “Chuva de Poesia”, realizado na noite de quarta-feira, teve muita adesão do público, maioritariamente jovem.
Além da declamação, os poetas recorreram às artes cénicas para representarem sentimentos narrados nas poesias “Tua Vida é Minha”, “Lemba, Lembras-te” e “Choro de Homem”, do livro “Contro Verso”.
Num período de aproximadamente duas horas, os declamadores Pedro Belgio, Milton Fernandes, Tata Yetu, Ângelo Reis, Kapuete e Kardo Bestilo, preencheram o “Chuva de Poesia”, que volta ao mesmo espaço no dia 22, para retratar aspectos históricos de 1975 a 2010.

Kardo Bestilo encerrou o programa com a dramatização de “Tua Vida é Minha”. Com este poema, ele representou a personagem Ministro, que contracenou com a Miss Mijona.
“Tua banga vai acabar se meu coração arrombar, /Teu Jeep vai secar, /Teu celular vai apagar, /Tua bunda já não vai viajar, /Tua família já não vai te ligar. /Ainda tens a certeza que queres me deixar?”, dizia o Ministro.

Porém, Kardo Bestilo disse queentre os objectivos do Movimento Lev’Arte é o de humanizar através da arte.
O grupo foi criado em Julho de 2006, no bairro Vila Alice, em Luanda, e conta com uma publicação intitulada “Palavras”, editado pela EuroPress, em 2009.

As actividades da II Trienal de Luanda continuam, hoje à noite, com dança, do Centre Chorégraphique National de Caen, de França. Música angolana, com Carlitos Vieira Dias e Nástio Mosquito, está prevista para amanhã, e no domingo uma sessão de cinema com “Na Cidade Vazia”, de Maria João Ganga.

Francisco Pedro | - 17 de Setembro, 2010

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