Grupo de dança Os Peritos durante uma actuação no palco da Trienal de Luanda
Fotografia: Paulino Damião
Depois do Cine Teatro Nacional ter registado, ontem, mais uma performance do Movimento Lev’Arte, que actuou com a declamação de poesia pela segunda vez na II Trienal de Luanda, o palco acolhe hoje, a partir das 16h00, a peça de teatro “O Meio Ambiente”, do grupo Nzila Ya Nzailo.
Trata-se de uma peça infantil que retrata a história de um menino que não quer tomar banho. A peça foi estreada no passado dia 16, no mesmo espaço, e segundo o actor Raul do Rosário, que faz parte do grupo de encenação, é uma obra que os pais e encarregados de educação devem dar a oportunidade das crianças apreciarem.
Ainda no palco do Nacional, o grupo Enigma Teatro vai apresentar hoje, às 21 horas, a peça “A Raiva”, que lhes permitiu arrebatar a sétima edição do Prémio Cidade de Luanda, na modalidade de Teatro.
Com certa ironia, “A Raiva” retrata uma família luandense que depois de lambida por um morcego começa a se transformar em animais raivosos. É uma sátira que questiona situações do quotidiano luandense.
Música é o que reserva, amanhã e sábado, a Trienal, quando subirem ao palco do Cine Nacional o percussionista Dalú, a banda Contraste e o poeta e músico Lukeny Fortunato, acompanhado pelo cantor Kool Klever. A ante-estreia do drama de Orlando Fortunato, “Batepá”, está prevista para domingo, às 18h30, numa exibição realizada com apoio do Instituto Angolano de Cinema, Audiovisuais e Multimédia (IACAM).
O filme alemão “O Desespero de Verónica Voss”, também no género drama, de R. W. Fassbinder, vai encerrar, às 21h00, o roteiro da semana cultural da II Trienal de Luanda, aberta no dia 12 deste mês.
Tertúlias literárias
A primeira tertúlia literária da II Trienal de Luanda aconteceu, na segunda-feira, com um encontro entre os poetas João Maimona e Lopito Feijó, que foi moderado pelo ensaísta, crítico e escritor Luís Kandjimbo.
A actividade durou cerca de três horas e constou do ciclo de conferências da II Trienal de Luanda, que estão programadas todas as segundas-feiras, no Cine Nacional.
A participação activa do público, no decorrer da tertúlia, levou Luís Kandjimbo a concluir que existem jovens interessados em obras poéticas de autores angolanos. Porém, aconselhou-os a terem espírito crítico, para amanhã serem bons escritores. “Para um dia se ser um bom autor primeiro tem de se ser um bom leitor”, realçou.
Francisco Pedro
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